Conhece-me melhor...

S. Miguel, Açores, Portugal
Casada, mamã de 3 princesas, cristã, simpática, transparente, meiga, amiga, comunicativa, criativa, amante de música, poetis'amadora, crystalina... mais?...pergunta à minha bola de crystal...hehe

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

Friendster images


Há dias em que me apetecia ser uma estrela brilhante e rosa como numa fantasia. Mas os meus sonhos acabam por cair como uma estrela cadente da qual quase ninguém se apercebe.
Um dos meus sonhos passa por voar, como um passarinho que vai procurar um novo ambiente e, em tempo oportuno, regressa ao lar, para mais uma Primavera com os seus.
Por vezes disparo conversas que embrulham este sonho à espera de um feed back, que tem resultado numa profunda admiração por parte de alguns amigos e familiares.
Creio que os seus pensamentos viajam demais tentando traduzir algum mal estar social ou insatisfação pessoal que eu possa sentir.
Na verdade é simplesmente um sonho, uma necessidade, faz parte da minha personalidade quebrar rotinas, alcançar horizontes, aprender algo novo, descobrir pessoas, lugares, culturas, romper as barreiras da estagnação.
Contudo, não sou uma aventureira inconsequente e, por ponderar com afinto os meus actos, estabeleço os limites que definem a minha conduta na busca da vontade de Deus em todos os aspectos da minha vida. "Cria em mim, oh Deus, um coração puro. E não retires de mim teu Espírito Santo!"
Mas os meus sonhos, se um dia forem os sonhos de Deus, só então fará sentido serem realizados...porque um sonho, sem a aprovação daquele que é omnisciente para saber o que é melhor para mim, pode ser um pesadelo...

terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

Dia dos Namorados






Quero lá saber do tal Valentim...a única valia é realmente a existência de um dia dedicado aos namorados ou melhor, enamorados. Namorados são como os chapéus-"há muitos"! Mas enamorados são raras preciosidades.
Eu estou na classe VIP (enamorados), poucos, autênticos, perseverantes, sólidos e um conservante à mistura... Sim! Para resistir ao rio do tempo, ja vai quase uma dúzia de Invernos e Primaveras o que, hoje, equivale a uma medalha!
Gosto deste dia porque é muito fácil adiciona-lo ao calendário de celebrações de um verdadeiro amor! Pois, aniversário de casamento? Só? De vez em quando um almocito fora? A ocasião torna-se mais bonita quando envolvida por uma série de circunstâncias como por exemplo a cumplicidade, pois sabemos que aquele dia é especial para um sem fim de pessoas...até para aqueles que não têm namorados e nas vésperas improvisam...nem que seja de brincadeira...(para crianças).
È marketing? Parece uma desculpa muito na moda...mas o modelo novo de uma saia, penteado ou gravata também o são! Afinal ninguém deixa de comprar uma gravata girota apesar de ter uma boazinha lá em casa! E se existem coisas que ornamentam um dia especial...ora...aproveitemos! Às vezes penso que quem não dá valor a um pequeno gesto neste dia, como pretexto de agradar o alvo do seu amor, talvez não esteja realmente acometido deste sentimento-amar.
A rotina diária, os problemas, os filhos, até o cansaço dão um certo desgaste no relacionamento e, um dia especial, em que todos se lembram de fazer algo diferente...é fácil lembrar e, portanto, excelente dica para dedicar algum tempo e atenção extra ao ser amado.
Bom. Preparei uma surpresa...não sei se vou receber alguma coisa mas não importa...dar é o maior prazer de uma relação onde há mesmo amor!
Amo-te! És meu porque és parte de mim.

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007






Acho que estou numa onda de inspiração. Não sei bem. Só sei que a Tese de Fim de Curso da minha irmã sobre os Açores me dá voltas à cabeça e é um trabalho que eu gostava de fazer. Tenho a certeza que, se fosse possível fazermos juntas durante um mês ficava de arrasar...


Eu, realmente, às vezes, tenho umas ideias, mas... concretiza-las? É lá com ela. Não sou capaz. Escrevi umas tolices mas acho que elas fazem o leitor sentir mesmo que está fazer uma visita virtual aos Açores de 5-10 minutos... gostava que, quem lesse, desse a sua opinião sobre o que sentiu verdadeiramente...ou até se não sentiu nada...tudo bem.



Então aqui vai:



Açores, uma flor que começa a desabrochar para o Universo.
Açores, os pássaros? Ou Açores, as Ilhas mágicas que se deitam neste Atlântico cheio de personalidad? Não importa, porque Açores é, de certeza, uma expressão fenomenal de Natureza paisagística e humana.
O basalto, que nasceu negro, chora em todos os recantos e suas lágrimas atravessam estradas, descem fajãs e,muito tranquilamente demoradas chegam, nem sempre, ao mar.
Os vestidos verdes, matizados, em relevos quase sempre suaves, deixam seus tesouros ao alcance da curiosidade, despertando a sensação de viajar por uma densa floresta sem perigos pois é doce e meiga mas tímida, embora acolhedora, como o próprio povo que a possuiu.
“Hydrangea macrophylla”, ou Hortênsia, a flor invasora e fronteiriça entre os campos verdejantes malhados de preto e branco, abre-se em novelões azuis e rosas esbranquiçados, alguns mesmo tão brancos que se unem às neblinas baixas e densas daquelas tapeçarias mais elevadas. E quando se olha lá para baixo, onde há mar, e azul e negro, e o branco da espuma que envolve os recortes negros das escarpas, é como se fôssemos as cerejas em cima de um bolo de chocolate bordado de chantily e deitado num prato de porcelana azul.
Mas as sombras frescas e húmidas num dia de calor contrastam com os invernais banhos quentes da cascata aquecida nas entranhas dessas montanhas, fazendo de cada dia uma viagem inesquecivelmente relaxante e profunda, a que as oscilações climáticas conferem um certo ambiente de magia.
As lagoas pestanejam com as nuvens que as encobrem e, quando vem a desilusão por perde-las de vista, surpreendentemente se revelam por instantes preciosos, de sonho.
Os olhos do povo que abraça estas ilhas são verdes e azuis e negros, e são campos e flores, e são mar e praias negras, e rochas. Os seus sonhos são tímidos e acomodados, conformados com um paraíso que o recebeu, que o esperou, amou.
Projecta-se na tão famosa aldeia global revelando seus segredos com medo, expande-se por obrigação, ciente de que cada imagem que dali parte em viagem pelo mundo é, indubitavelmente, um pedaço arrancado à alma insular e solitária, é mais um filho que se vê partir, como em tantas outras vezes.
Mas, contudo, a consolação de saber que algures, em todo o mundo, está esse filho, esses tantos filhos, que levaram estes Açores e os plantaram, e os regaram, deram-nos a conhecer, fizeram-nos brilhar; é o retorno, a retribuição merecida, a honra tributada a nove mães que pariram com dor mas que os vêm, um dia, regressar para a rocha negra e quente e molhada que os espera eternamente.



My 1st Pic Trail